domingo, 20 de abril de 2008

Just wondering...

Não tenho andado muito inspirado para escrever (se é que alguma vez andei...). Por isso vou roubar uma parte de um texto desta senhora porque achei interessante e gostava de o reescrever à minha maneira. Será que se deve assumir que se gosta de alguém? Quer dizer eu gosto dos meus amigos. Não lhes digo "eu gosto de ti!" mas eles sabem. Numa relação, esta mesma combinação de palavras pode assustar algumas pessoas e até pode fazer com que a outra pessoa se deixe de esforçar. Por vezes estas palavras, por serem empregues constantemente, tornam-se banais e ausentes de conteúdo. Gostas mesmo? Ou tas só a dizer isso por dizer? Para mim é um pouco como o hábito de fazer alguma coisa ou estar com alguém. O hábito é inimigo da mudança. O estar acostumado a algo ou alguém é mau. Quando uma pessoa quer alguma coisa, luta por ela, sofre por ela, emociona-se, vive. Depois de a ter é normal habituar-se a tê-la. E deixa-se de se esforçar por ela. Deixa de se emocionar com ela. Não se deixa de viver mas ou se gosta mesmo dessa vida ou então acaba por se tentar ir buscar a emoção a outro lado. E depois custa, quando damos um passo e o chão desaparece debaixo dos nossos pés. O truque é inovar, inventar, ser maluco, brincar, ir a sítios onde nunca se foi, fazer coisas que nunca se fez, não deixar cair na rotina. Se não pode acontecer querermos algo mais mas já custa tanto sair da rotina que acabamos por nos deixar ficar...

1 comentário:

Anónimo disse...

Sabes...eu também não sou pessoa de dizer "Gosto de ti!" a quem eu gosto muito, mas aprendi a valorizar os momentos que essas pessoas partilham comigo e que eu partilho com elas. Nestas alturas, sinto a necessidade de dizer, sem receios, como foi importante para mim a presença da pessoa A ou pessoa B num determinado momento porque faz-me sentir bem e sem que as outras pessoas ficam um pouquinho felizes e partilham esse pequeno momento de felicidade comigo. Eu aprendi a valorizar tudo, à pouco tempo...é verdade, mas sabe TÃO BEM!
A questão que é mais complicada, é quando gostas de alguém, como amigo /a e depois se essa pessoa que esteve sempre presente, não com aquele entusiasmo de que uma pessoa por vezes necessita, sai espontaneamente da nossa vida ou se questiona sobre o seu papel na nossa vida, sentimos receio de perder um pouco de nós próprios, na nossa alma. Começamos a questionarmos também qual será o verdadeiro papel dessa pessoa na nossa vida, será que o que ela nos oferece é de profunda confiança que não lhe damos o verdadeiro valor? Será que essa pessoa é bem mais importante para nós do que poderíamos vir a imaginar?...Por vezes tem-se medo de arriscar, por vezes sentimo-nos bem como estamos, fica-se um pouco "conformado/a" com a vida que se tem, em certos aspectos. É mau? Sim! Mas será "mau" termos alguém com quem possamos contar para a nossa vida, esteja onde estiver, independente das horas? Saber que há pelo menos uma pessoa que nos dê um pouco de colo e de carinho quando mais precisamos de o receber...de o sentir? Não, de maneira nenhuma! A nossa vida é assim, são encontros e desencontros, palavras ditas esquecidas, memórias revividas, desejos sentidos e a aprendizagem da vida...do mundo...de tudo!