Estes últimos tempos passados sozinho tem sido muito bons. Sem preocupações, vivendo apenas para mim. Divertir-me fazendo o que quero, o que me apetece. Não tendo de dar satisfações a ninguém. Optando pelo que sei que me dá satisfação imediata e não arriscando com o desconhecido. Por vezes prefiro estar sozinho ou com alguém que conheço há anos e sentir-me "em casa", em vez de estar preocupado em manter uma conversa com alguém que não conheço e tentar ser divertido e interessante. Por vezes é alguém que gostava de conhecer, mas prefiro não me dar ao trabalho. A minha mãe hoje disse-me: "Vê lá se arranjas uma namorada porque estás a ficar pouco sociável!". E acontece que já há algum tempo que andava a sentir-me de facto, pouco sociável. Eu não queria perder a vida que levo actualmente. Há coisas que já não dispenso. Não dispenso sentir-me em forma por exemplo. O desporto consome-me muito tempo mas gosto de como me faz sentir. Mas sei que tenho de fazer sacrifícios. Quando não temos coragem de arriscar sermos parvos ou estarmos errados, ou até mesmo perder um bocadinho de tempo arriscando em algo que não é certo, resta-nos muito pouco. Tenho de furar a bolha que me envolve. Tenho de pisar o mundo exterior. Arriscar sair magoado. Arriscar magoar os outros (que sendo o gajo parvo que sou, também é uma coisa que tento sempre não fazer e com a qual me sinto mal). Tenho de sair desta bolha que me protege.
domingo, 25 de maio de 2008
terça-feira, 20 de maio de 2008
Right now
Neste momento preciso de sair desta cadeira. Não gosto de estar parado. Quero ir correr, escalar, fazer uma arte marcial, ir para o ginásio... Quero desafiar os limites do meu corpo. Todos os dias tento ir ao ginásio. Quando não vou, tento ir correr, ou mais recentemente, ir ao rocódromo. Sei que sinto a falta de qualquer coisa e que a ando a tentar compensar, desgastando o corpo e ocupando a mente. Mas quero mais. Isto não me chega. Quero algo diferente. Quero algo que me encha as medidas. Quero... quero te a ti...
domingo, 11 de maio de 2008
Time out
A vida que levamos depende muito do tempo que temos e daquilo que fazemos dele. Ás vezes, o tempo parece que não chega para tudo. Outras vezes, parece que não chega para nada.
segunda-feira, 5 de maio de 2008
Climbing the world...
Escalar é verdadeiramente qualquer coisa. Emaranhar pelos calhaus acima. Conquistar. Falhar. Rejubilar. Sentir frustração. Medo. Sentirmo-nos pequenos quando nos damos por vencidos e gritamos cá para baixo que vamos descer porque não conseguimos passar daquele ponto tão perto do topo. E tocar no topo não tem nem metade da piada que tem dar cada um dos pequenos passos necessários para lá chegar acima. Mas volta-se sempre a tentar. Volta-se a tentar pela sensação incrível que se tem ao conseguir fazer aqueles movimentos mais complicados. Aqueles que parecendo difíceis, não são nada fáceis. Ou mesmo aqueles que parecendo fáceis, não são nada difíceis. É a sensação de estarmos perdidos quando não encontramos presas para nos agarrarmos. É tentar nunca desesperar e procurar alternativas. É parar a meio da subida quando já não temos força nos braços e por momentos, apreciar o horizonte, o mar, a serra, seja qual for a paisagem que tenhamos como pano de fundo parece-nos sempre maravilhosa. Isto tudo porque estou a tirar um curso de escalada com pessoal muito bacano e que sabem o que fazem (ao contrário de muita gente que já deu para ver por esses calhaus fora a ensinar coisas que não sabem e a fazer asneiras atrás de asneiras). Por isso se pensarem em tirar um curso destes, eu aconselho estes gajos. E vale a pena. Para mim tem sido espectacular!