terça-feira, 2 de outubro de 2007

I feel like a child

É assim que me sinto. Pequeno. Puxas por mim e eu puxo por ti. Mas no momento da verdade acobardo-me. Encolho. Tudo o que eu penso saber desaparece e volto a ser uma criança inocente. Com medo do papão. Pergunto-me porquê. Acho que estou habituado a que as coisas aconteçam por si. “Vem cá abaixo e dá-me um beijo, um beijo a sério!”, dizes tu. O meu cérebro pára e repete interiormente o convite várias vezes. Um milissegundo depois imagino-me a chegar ao pé de ti, a perder-me nos teus olhos e a ficar paralisado. Paralisado com um sorriso estúpido na cara. Parece-me forçado. Nunca fui o gajo mais confiante à face da terra. Sempre fui envergonhado e tímido com pessoas que conheço pouco, principalmente raparigas por quem me interesso, por quem me sinto atraído. Ao princípio tenho sempre medo de fazer alguma coisa errada. Quando consigo transpor essa barreira, o medo desaparece. Mas não sei porquê, neste momento ainda perco as forças ao pé de ti. O meu corpo deseja sentir o teu toque na minha pele. Os teus lábios nos meus. Normalmente sentir-me-ia furioso comigo mesmo por me faltar a “coragem” para me aproximar de ti. No entanto não me sinto assim. Não sei explicar porquê. Esta situação é diferente do habitual. Gosto de arriscar, experimentar coisas novas, aprender, viver, descobrir. Gosto de correr riscos. Mas gosto de o fazer se eu for a única pessoa a poder sair magoada. E eu não me quero intrometer na tua felicidade. Desculpa. Sou grande, mas aparentemente não sou grande coisa.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não sei como começar, dificil sensação de querer responder e não estar a mesma altura. Prometo que vou tentar. Miraflores 3 de Setembro inicio de uma nova vida, 24 pessoas entram no edificio monsanto em miraflores, alguns conhecia outros nem por isso...se bem que para mim não existe dificuldade em comunicar com pessoas que não conheço, gosto, adoro fazer amizades. Trabalho nos foi pedido e eu sentia me perdida, pedi ajuda a "pxxx"...corri para o lado dela, foi ai que te "vi", foi ai que reparei no teu silencio, na tua calma, até que num determinado momento os nossos olhares se cruzaram e um sorriso teu bateu em mim e envergonhada desviei o olhar. Baralhada fiquei...sem saber o que fazer, principios que me atormentam, acho um sonho, alias as vezes acho que deveria ser mesmo um sonho, sentir, sensações de "longe" sem ter que maguar a mim e quem me rodeia. Questiono me porque que há coisas que acontecem...entram nas nossas vidas sem pedir licença, envadem com forças que por vezes não nos conseguimos nos defender...abrem feridas que doi, doi muito e podem não chegar a sarar. O risco atrai me, excita me...vontade de te beijar, vontade de te jogar contra a parede e te tocar, um verdadeiro vendaval assombra me... não sei o que fazer...sei que não o posso fazer, não o quero fazer, mas tenho que saber o que esta escondido, tenho que saborear te, tenho que te sentir...fico por aqui, mas com muito por dizer...
Horas passadas, poucas, mas eternas, contei cada segundo de espera para te ver, o relogio não andava...até que chegou...a porta do elevador abriu e tavas tu encostado, todo só e apenas só para mim, como foi possivel eu prender me ao chão, olha va para ti cheia de desjo, o teu olhar entrava-me por mim a dentro, tremia, ria me por dentro e sorria para ti, cada segundo ao teu lado era uma eternidade, a espera de um encosto de um beijo, nem que fosse só tocar te nos labios e nada, mais tarde outra oportunidade até que na brincadeira se falou de rapto, troca de piroupos...e nada...chegamos ao nosso destino...e nada...tremia, o meu corpo escaldava, fomos tomar café, eu cheia de vontade de te puxar a garvata para dentro da despensa e por fim beijar te, mas mais uma vez, tinha te todo só e apenas só para mim e nada...será que um dia essa vontade, esse desejo será realizado...